Há quem diga que eu abro um sorriso grande e meus olhos brilham em frente a alguma comida saborosa. Penso em comida, em comer, em receitas e em restaurantes. Tenho um caderno com os lugares que ainda quero conhecer, indicações de amigas, de sites... Tem horas que eu acho que perco muito dinheiro comendo, mas na verdade eu ganho qualidade de vida.
Na sexta feira passada recebi uma surpresa! Dois pacotes de blueberrys, dois pacotes de amora (daquelas gordas) e um de nespera. Ao chegar na casa dos meus pais ainda fui recebida com as amoras comuns (que estão na época) e as amoras gordas que meu pai vem cultivando no quintal. Eu comi frutas vermelhas o fim de semana todo e ainda sobrou! E eu tenho uma queda enorme por calda de frutas vermelhas. São vários sabores de várias frutas juntos, é irresistível! Por isso resolvi fazer o cheesecake. A verdade é que eu não sou muito fã de cheesecake, a massa de bolacha e o recheio de queijo doce e um toque de limão é gostoso, mas o que me ganha mesmo é a cobertura de frutas vermelhas. E foi por elas que eu resolvi arregaçar as mangas e voltar pra cozinha! Não ficou muito bonito, embora tenha ficado um pouco saboroso. O bom é que sobrou calda o suficiente pra eu colocar em algum sorvete ou iogurte natural!
Mas o que me motivou a voltar pro blog foi um quadrinho que comprei no fim de semana. Tenho uma mania muito ruim. Eu adoro ler e adoro dar livros de presente. E se eu compro o presente e não vejo a pessoa, acabo lendo o livro dela! E foi assim com esse quadrinho. Eu comprei pra presente, mas acabei me encantando por ele. O nome é Gourmet. É um quadrinho, como definido na orelha do livro, com poesia. São várias histórias de um comerciante solitário que visita muitos restaurantes no Japão. Sua missão não é analisar os pratos e sim saborear e matar a fome. Mas ele acaba apresentando um leque de comidas japonesas, muitas que eu também não conhecia. Ele enche minha boca de água com suas descrições de texturas, sabores, temperos... A princípio eu estranhei a falta de ação e achei que fosse um quadrinho puramente gastronômico, mas ele ensina como o momento da refeição é um momento especial, único. Cada lugar que se visita, tem um desafio de entrar, provar, saborear, sentir o ambiente... Nem sempre nos lugares mais caros e badalados estão os melhores pratos. É muito gostoso ter a oportunidade de ver como é "ir com a cara do restaurante" e entrar. Conhecer os pratos típicos de cada cidade, ir nos restaurantes onde só os "locais" comem. Nada como comer, nada como falar de comida!
